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Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

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Seg | 06.02.23

5 razões pelas quais desencorajo o consumismo nos meus filhos

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O consumismo causa-me uma certa aflição. 
Não foi sempre assim. Tive os meus momentos de consumidora de roupa e sapatos. Ainda hoje tenho os meus vícios consumistas: caixas de plástico, vídeos do Youtube (daqueles que ensinam alguma coisa, de preferência) e lápis de cor. Tenho lápis de cor para 20 anos, calculo. Mas, por alguma razão, associo sempre o consumismo a uma certa inquietude mental, a um certo desassossego.

Em relação às crianças associo o consumismo a uma falta de oportunidade para lutar pelas coisas ou para apreciar o que se tem. Recordo-me sempre de um Natal em que lhes oferecemos muitas coisas e em que as miúdas rasgavam freneticamente papeis para deixar de lado os brinquedos dois segundos depois e, acabando de abrir o último presente, perguntavam se não havia mais, como se o ato de os abrir fosse o verdadeiro foco de interesse da coisa.

De modo que, por aqui, tentamos praticar e ensinar o minimalismo aos miúdos por cinco razões principais:


1) Acredito muito que os miúdos serão mais felizes e capazes de apreciar o que têm se tiverem menos coisas. Acredito, também, que o que lhes dá mais satisfação e gratificação é passear, estar com os amigos e construir coisas.

2) Quanto menos coisas tivermos, menos temos para limpar e arrumar. Essa razão, para nós, é muito forte.

3) Tentamos ser mais sustentáveis a cada ano e isso passa muito por evitar comprar coisas de que não precisamos. Claro que falhamos neste aspeto constantemente, mas o objetivo é ir melhorando.

4)Tentamos ensinar o valor do dinheiro aos miúdos, indicando que quantidade de comida (para nós e para para outras pessoas que precisem) podemos comprar com o dinheiro que evitamos gastar com coisas de que não precisamos. Acho que meço tudo pelo preço da comida que é capaz de ser daquelas coisas mesmo essenciais.


5) O materialismo é um assunto sensível para mim. Cresci numa época em que se dava muito valor a possuir bens materiais, desvalorizando-se outras coisas que, na minha opinião, eram mais importantes. Disto resultou que dou importância a tudo aquilo que não se vê e, consequentemente, ninguém nos pode tirar, como experiências, conhecimento, amizade, amor, vivências felizes e viagens.

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