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Vinil e Purpurina

Parafernálias sobre a minha vida e a minha mente.

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Qui | 10.06.21

O nosso primeiro trilho em família

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Exatamente um dia antes de começarmos o desfralde do Eduardo, fizemos o nosso primeiro trilho em família.

Na verdade, não foi nada planeado. Decidimos ir passar o sábado às Furnas, sem mais planos que isso. 
Connosco levámos água, sandes, iogurtes, bolachas, fruta, bicicletas para os miúdos e roupa a menos.

Chegámos à lagoa das Furnas, tirámos as bicicletas e fomos logo inundados por aquela beleza que nunca nos deixa de fascinar, mesmo depois de termos estado naquele sitio dezenas de vezes. Em Portugal continental, o único sítio que conheço que se pode comparar um pouco com a Lagoa das Furnas é Sintra, a Quinta da Regaleira, talvez. 

Nisto, reparámos também que estava frio e os miúdos estavam todos de calções e manga curta. Lembrámo-nos de levar um casaco para o Eduardo, mas não para as miúdas. Enfim... Dei o meu casaco de malha à Maria e o Milton a sua camisola à Lara. Eu fiquei a tiritar num top de alças, mas nada que me desse grandes chatices. Aproveitei para correr mais com os miúdos, por brincar mais e aquecer naturalmente.

Fomos passear pela margem da Lagoa até chegarmos ao Jardim José do Canto e percebermos que, agora, é possível visitar. Decidimos logo que iamos passar a tarde ali, a conhecer um sítio novo com os miúdos. Só não sabíamos ainda que iriamos fazer uma caminhada de 2 horas e meia com 3 crianças, uma delas com 2 anos  e 10 meses.

Antes do passeio fizemos um piquenique à beira da lagoa, num parque de merendas novo, com condições muito boas: mesas enormes, casa de banho com boas condições e até esculturas muito carismáticas em troncos. Ficámos numa mesa ao pé da escultura que apelidámos de "Gandalf" e tivémos por companhia vários Tentilhões dos Açores, uns passarinhos muito bonitos e simpáticos que se aproximavam de nós com muita desenvoltura e a quem os miúdos, muito divertidos, foram atirando migalhas de pão.

Depois do almoço, jogámos à bola e ao disco durante um tempo e, depois de guardarmos as bicicletas, voltámos para o Jardim José do Canto.

O senhor que estava na receção, e que tinha estado a tratar do jardim horas antes, extremamente simpático, indicou-nos o caminho para a cascata. Pagámos 6 euros, 3 por cada adulto, e pusemo-nos a caminhar.

Parámos na belíssima Capela de Nossa Senhora das Vitórias, e andámos com dois grande objetivos em mente: ver a sequóia gigante da lagoa das Furnas (as sequóias são as maiores árvores do mundo) e a cascata do Salto do Rosal.

Até chegarmos aos nossos objetivos, desfrutámos de um passeio maravilhoso, cheio de paisagens diferentes e belíssimas, daquelas que nos fazem, automaticamente, começar a sonhar acordados. 

A determinada altura, depois de nos encontrarmos a caminhar há uma hora, ponderámos desistir. Não por causa dos miúdos, que estavam a portar-se lindamente, cheios de entusiasmo e de vontade de ver a árvore gigante e a queda de água. Mas tinhamos receio que o caminho fosse acidentado ou demasiado longo. Decidimos perguntar aos miúdos o que queriam fazer. Disseram logo que queriam continuar e assim foi. 

Ainda andámos mais uns bons 10 minutos até encontrarmos a árvore, mas, de facto, valeu a pena. É impressionante! Ficámos uns minutos a admirá-la e depois partimos rumo à cascata, desta vez, ao lado de um ribeiro e pequenas quedas de água que nos indicavam o caminho.

O caminho para perto da cascata era mais difícil e acidentado, mas depois de chegarmos ali queríamos ir até onde pudéssemos, e assim foi. A Lara molhou os pés e as sapatilhas, mas chegámos lá todos felizes e orgulhosos.  Admirámos a queda de água durante uns momentos e voltámos, satisfeitos, para trás.
Parámos novamente a contemplar a Sequóia, onde já se encontravam várias pessoas a tirar fotos, e continuámos o caminho de volta. Parámos para lanchar umas bolachas e iogurte liquido e,  entre uns colos e umas cavalitas, o caminho de volta até foi relativamente rápido. 

Adorámos este passeio e, agora, parece-me incrível termos levado 3 crianças para esta pequena aventura. O facto é que se portaram muito bem, com muito entusiasmo e poucos queixumes. Houve um colo ocasional, mas nada de especial. Eles portaram-se mesmo muito bem! As miúdas brincaram imenso uma com a outra e com o Eduardo e estavam todos com um entusiasmo contagiante.

Recompensámo-nos do esforço da caminhada com uns gelados no café do parque de campismo das Furnas, onde os pais puderam beber uma cerveja bem descansados enquanto os miúdos ficaram imenso tempo entretidos a mandar um disco para cima de uma árvore e a arranjar forma de o tirar de lá sempre que ficava preso. Que sonho! :) Não me lembro de me sentir tão descansada em muito tempo.


De volta a casa, já pelas 19h00, comprámos jantar feito e, em casa, foi só comer e deitar os miúdos que, obviamente, adormeceram em menos de nada.

E assim se iniciam as caminhadas em família. :)

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